Acredito que antigamente era comum passar por aquela situação de “Putz! Se eu tivesse uma máquina comigo, isso daria uma ótima foto!” Dificilmente isso acontece hoje em dia por causa dos Smartphone, mas nunca fiquei satisfeito com as fotos que fiz utilizando ele.

Em um sábado eu estava a caminho da festa do Gabrielzinho (Falei um pouco sobre ele no meu texto “Festa Infantil“) e em uma esquina qualquer estava um senhor parado e tinha um papagaio pousado na mão dele, ambos pareciam que estavam apenas apreciando o movimento da rua, que estava bem tranquila.

Tirei meu smartphone do bolso para registrar aquela situação inusitada e já ia fazer a foto de longe quando lembrei que estava com a minha câmera na mochila, então decidi atravessar a rua e conversar com o Senhor. Expliquei que era fotografo, que estava indo fotografar um festa infantil e perguntei se poderia fazer algumas fotos dele com o papagaio. Aproveitei o cenário da rua para brincar um pouco com foco/desfoco, linhas de força e o vazio, como vocês podem ver abaixo:

Entre uma foto e outra perguntei sobre o bairro, se os vizinhos não reclamavam do barulho que o papagaio fazia e se o mesmo não saia voando. O Senhor respondeu que o bairro é tranquilo, que o papagaio só berrava quando não estava perto dele e que não voava porque tinha acostumado o papagaio desde pequeno a ficar solto e perto dele. Perguntei a quanto tempo ele tinha o papagaio e ele respondeu: “Viiiish! Faz tempo!!! Desde que eu era moço!“, dei risada e falei: “Então faz tempo mesmo!” e ambos começamos a rir.

Na empolgação de estar vendo um papagaio tão de perto e com a pressa de chegar logo à festa, acabei esquecendo de perguntar o nome do Senhor e do papagaio. Mas antes de ir embora entreguei meu cartão e pedi para ele entrar em contato pois mandaria as fotos. Infelizmente isso nunca aconteceu, mas pelo menos ficou registrado essa bela lembrança.