No último final de semana trabalhei em dois eventos parecidos, mas ao mesmo tempo bem distintos. Ambos foram para celebrar o trabalho de uma pessoa, mas um foi em vida e no outro foi um trabalho póstumo. Em ambas situações tinham pessoas reunidas e falando o quanto foram influenciadas pelo trabalho daquelas duas pessoas; e eu estava ali registrando aqueles momentos únicos. Por causa desses dois evento passei os últimos dias pensando sobre o papel da fotografia em registrar as coisas e guardar as suas histórias.

Tenho foto de tudo quanto é tipo: Shows, Casamentos, Festa de Empresas, Eventos, Festas de Aniversários, Ensaios, Esportes… E fiquei me perguntando quantas dessas fotos tem algum significado histórico. Será que todas ou só algumas?

Para mim, algumas delas podem ter significado histórico, mas são pessoais. Por exemplo: Festa de aniversário onde hoje em dia as crianças já estão grandes ou tem alguém que hoje, infelizmente, é falecido. Ou Festas de Empresa, onde determinada pessoa atualmente pode ter mudado de setor, de empresa ou até de ramo.

Outras tem significado histórico, mas vão muito além do pessoal. Por exemplo: O último evento do Via Funchal, uma antiga e famosa casa de shows daqui de São Paulo, foi registrado pelo Artes do Japão. (Spoiler: Será tema de um próximo texto.)

Ou um Workshop de Dança Clássica Kabuki da Companhia Fujima, que foi registrado pelo Artes do Japão em 2011 e nele contem fotos da falecida Sensei Yoshinojo Fujima, uma importante Sensei de Dança Kabuki e da Cultura Japonesa. (Spoiler 2: Também será tema de um próximo texto.)

Trabalhar com fotografia é, ao mesmo tempo, trabalhar com o presente e com o passado. E em um mundo onde tudo é instantâneo e acontece rapidamente por causa das redes sociais, celulares e whatsapp; é difícil perceber que, as vezes, o significado de uma foto só vem ao longo do tempo.