O espetáculo traz à tona depoimentos de três sobreviventes da Bomba Atômica de Hiroshima no exato momento que estavam presente naquela manhã ensolarada do dia 06 de agosto de 1945 na cidade de Hiroshima – Japão. O espetáculo é resultado de mais de 1 ano de pesquisa, sendo que o roteiro desenvolveu-se a partir da coleta e organização dos relatos dos sobreviventes trabalhando com o conceito de Biodrama – desenvolvido pela dramaturga e diretora teatral argentina VIVI TELLAS, parente do teatro documental, teatro não ficção, entre outras denominações
Em cena: Kunihiko Bonkohara (a frente). Takashi Morita e Junko Watanabe (ao fundo). Crédito: Simone Ezaki.
A opção pelo tema e seus biografados ressaltam vários fatores que influenciaram na decisão tanto pelo caráter de descendência familiar do diretor, passando pela potencialidade da cena com os próprios biografados, relatando suas histórias sob a ótica dos três sobreviventes com idades e lembranças distintas – sob o ponto de vista de um militar (Sr. Takashi Morita) e dois civis (Sr. Kunihiko Bonkohara e Sra. Junko Watanabe). O espetáculo também rememora a experiência dos dias após a explosão, bem como a imigração para um país totalmente desconhecido dos sobreviventes – o Brasil. O espetáculo é derivado do “Os Três Sobreviventes” que foi encenado em 2013 fazendo parte do projeto aprovado pela Lei de Fomento ao Teatro da cidade de São Paulo nos anos de 2012/2013.
Em cena: Takashi Morita, Junko Watanabe e Kunihiko Bonkohara. Crédito: Simone Ezaki.
“A nossa atual geração será a última que terá contato com sobreviventes vivos, que estiveram no local e conviveram com o pós-guerra, tendo em vista que os mais jovens estão na faixa dos 70 anos de idade. Uma coisa é assistir a documentários, filmes e palestras de especialistas, a outra é ouvir os relatos dos próprios sobreviventes. Esse espetáculo é nada mais que um grito abafado dessas vozes ressonantes das vítimas (em sua maior parte crianças que estavam nas ruas no momento das explosões trabalhando como voluntárias ajudando o governo japonês) não só do Japão, mas de todos os países que foram vítimas de guerras e de ataques como ainda ocorre hoje, ou seja, ainda não aprendemos com os nossos próprios erros! Realizar a peça é antes de tudo assumir um compromisso com a verdade e principalmente levantar debates e questionamentos maiores como o perigo do uso da energia nuclear (mesmo que para fins pacíficos), como o desenvolvimento de novos arsenais nucleares, como possíveis desastres atômicos, etc. Muito se discute sobre as vantagens do uso da energia nuclear, mas pouco se discute sobre suas desvantagens e seus efeitos, abordado no espetáculo quando usado com fins militares” – Rogério Nagai, ator e diretor do espetáculo.
Sinopse
Três sobreviventes da bomba atômica de Hiroshima relatam ao vivo suas experiências no momento da explosão, seus efeitos, os dias que se sucederam e da imigração para o Brasil. O roteiro e encenação se desenvolveu a partir da coleta e organização dos relatos dos sobreviventes trabalhando com o conceito de biodrama (vertente do teatro-documentário). O elenco conta com os sobreviventes Takashi Morita, Junko Watanabe e Kunihiko Bonkohara com direção de Rogério Nagai.
Ficha Técnica
Roteiro e direção: Rogério Nagai.
Elenco: Takashi Morita, Junko Watanabe, Kunihiko Bonkohara e Rogério Nagai.
Iluminação, Operação de Som e vídeo: Ricardo Oshiro.
Realização e Produção: NAGAI Produções.
Fotos: Simone Ezaki.
Apoio Cultural: Centro Cultural Hiroshima do Brasil, Associação Hibakusha pela Paz e Mercearia Sukiyaki.
Serviço
“Os Três Sobreviventes de Hiroshima”
Únicas apresentações:
06 e 13 de fevereiro de 2016 (sábados às 18h)
Centro Cultural Hiroshima do Brasil
Rua Tamandaré, 800 – Auditório
Bairro Liberdade, próximos às estações de metrô Vergueiro e São Joaquim
Estacionamento no local
Duração: 65 minutos
Recomendação: 14 anos
Ingresso: Entrada Franca
Informações: nagaiproducoes@gmail.com