No mundo atual, dito “moderno”, muitos pais matriculam seus filhos em uma escola de artes marciais por várias razões: “Preciso que meu filho(a) gaste energia”, “Meu filho(a) precisa se aprender a se concentrar mais”, “Meu filho precisa aprender a ter disciplina”. Já escutei todas essas e entendo a preocupação dos pais em querer o melhor para o seus filhos. Porém é bem mais do que isso.

As artes marciais são um ótimo caminho para auxiliar as crianças e terem maior coordenação motora, atenção, autoconhecimento, autoestima e principalmente autonomia, pois trabalham o psicológico e físico de várias maneiras.

O importante para quem quer matricular seu filho(a) em uma escola de artes marciais é primeiramente a credibilidade do professor. Pesquise, busque informações. Pergunte se o mesmo é filiado a alguma federação reconhecida, quantos anos tem de prática, converse com outros pais de alunos. Assista a uma aula. Ou algumas.

A criança tem que gostar do faz. Eu aprendi trabalhando com elas que acabam absorvendo até sem saber que estão aprendendo quando entretidas. Para isso, dentro dos limites de conduta do Dojô, atividades lúdicas, são extremamente valiosas, ensinando através da alegria e do bem estar. Geralmente se formam laços de amizade com os colegas de tatame. Amizades sinceras de quem treina junto, mesmo quando jovem, podendo se estender até a idade adulta.

As competições não devem ser o objetivo principal, mas tem um papel fundamental, pois ensinam várias coisas, entre elas a aceitar a derrota. Independente de quão bom seu filho é em uma arte marcial, uma hora ele perderá e eu acredito que a derrota ensina bem mais do que a vitória. Muitos pais, ao querer proteger os seus filhos, os poupam de certos problemas que uma criança deve enfrentar como parte de seu crescimento. A derrota é um destes problemas. E a arte marcial bem treinada ajuda a lidar com isso, direcionando a criança a buscar o aprimoramento, a se superar, sempre. Dentro e fora do tatame.